A vida como uma fotografia

A vida como uma fotografia


Quando olhamos pela lente de uma câmera tentamos focar o horizonte, tirar uma foto do nosso futuro baseados em nossas câmeras.
Cada pessoa tem uma marca de câmera, a saber: Esperança, sonhos, desejos, aspirações, vontade. Sem contar as marcas defeituosas como: desespero, desesperança, falta de fé, confusão e etc.

Focamos e desfocamos.

Só esquecemos de um detalhe, o autoretrato da vida é limitado, nós não captamos toda a história.

Mas existe um fotógrafo que do ponto celeste mais alto utiliza a lente de sua câmera e com seu zoom vai adentrando a via láctea, o sistema solar, o planeta Terra, a estratosfera, o continente, o país, estado e vai cada vez mais próximo adentrando paredes até focar seu rosto.

Ele registrou seu primeiro sorriso, seu primeiro choro, registrou cada evento de sua vida, resgistrou aquela lágrima que desceu de seus olhos quando ninguém mais via.
Viu aquela gota de sofrimento concentrado explodir ao tocar o chão.

Viu seus momentos de alegria, de espanto, surpresa...

Nada passa desapercebido de sua lente.

Muitas vezes ele trocou o filme, nos momentos mais tenebrosos foi quando tirou fotos em preto e branco, essas fotos possuem uma riqueza ímpar de detalhes, pois são nestes momentos que aprendemos e nada como fotos assim em sua essência para analisarmos cada nuance da imagem.

Quando nossa vida vai para o quarto escuro é justamente quando ELE decide revelar algumas fotos de valor ao mundo, é neste momento que a imagem começa a brotar no papel fotográfico de nossa história.

Ele pega as melhores fotos e as revela.

O quarto escuro possui uma suave luminescência avermelhada, na verdade são nossos clamores em meio a confusão da vida.

Deus registra cada segundo de sua história, cada sensação.

Ele é o único que fotografa o coração.

Ele enviou um jornalista de campo em meio a guerra do mundo, Cristo, sim, ele foi um fotógrafo de guerra e foi morto em combate tirando as melhores fotos, deu sua vida por elas, pelas pessoas.

Mas reza a lenda que a sepultura não o conteve, pois ELE era filho do Fotógrafo Dono do Universo.

Para mim não é lenda.
Um dia precisei acender a pequena luz de ajuda, um clamor mesmo que sem voz e ELE ouviu.

Revelou a minha vida de uma forma que nunca imaginei.

Ele continua tirando fotos ainda hoje!!!

Autor: Anderson Ribeiro Sousa

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