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Mostrando postagens de maio, 2020

Beleza Escondida

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Beleza Escondida  O sol começa a nascer apontando um novo dia, chega sereno e vai iluminando a terra, ilumina as águas, sua luz bate nos rostos alegres, nos rostos tristes, afinal de contas tem dias que fazem uma sombra desconfortável, mas ela não dura pra sempre. Mas existem rostos que se escondem, tentam se ocultar em meio a multidão, em meio a vida, passam sorrateiros, se escondem por acharem que não tem beleza, que não fazem a diferença, que a sua unicidade os tornam diferentes de todos. Contam com a insipidez da vida, de um estado que parece que não passa, como um ciclo vicioso, um loop, está tudo bem, é normal, uma vida normal. Sim, a maioria das pessoas vivem assim, porquê mudar, pra quê mudar, levanta, vive, deita e dorme todo dia. Em meio a selva de pedra caminha apressada, esquivando-se de obstáculos, caminhando para a sua tarefa diária, carrega consigo sua beleza escondida, mas usa seu disfarce, não quer parecer diferente. Pessoas belas são como flores, com cores, mas também

Vida lá fora e Vida aqui dentro

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Vida lá fora e Vida aqui dentro O guerreiro no campo de batalha avista no horizonte um mensageiro, na verdade vários deles, cartas endereçadas a outros guerreiros, alguns saem chorando, outros apenas abaixam suas cabeças e saem  do campo de batalha. O guerreiro que observa não entende, no fundo teme o que tem na carta, ele entende que se trata de um mau, algum tipo de carta pungente, não houve um guerreiro sequer que tenha esboçado um breve sorriso. Um mensageiro caminha em direção ao guerreiro, eles se olham fixamente, naquele olhar o mensageiro lhe diz: Não gostaria de ser portador de tal mensagem, não gostaria de trazer estas notícias, não gostaria lhe ofertar a adaga que fere o coração, um ataque em forma de frases, onde o portador da mensagem não tem intenção alguma de ofender ou causar mau. Mas eu preciso lhe entregar a mensagem. O guerreiro pega a carta e agradece o mensageiro, o campo de batalha é demasiado frio, mas ele sente que o frio na sua alma é ainda maior. Ele não teve

A história não contada de um naufrágio

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A história não contada de um naufrágio Um capitão com seu ímpeto de conquistar o mundo entrou em seu barco com a tripulação. Navio preparado, marujos à postos, velas se levantam, e o vento sopra, ele sai do porto, traça o curso, pois sabe onde ele quer chegar. Tudo vai bem, uma noite clara de luar sobre as águas profundas, baleias nadam ao lado do barco, os marinheiros chamam o capitão para admirar tamanha beleza da natureza, mas o capitão pensa avante, pensa no futuro e responde a tripulação, quando chegar ao meu objetivo terei tempo pra isso. Ele pega seu sextante e olha o posicionamento dos astros, ajusta sua rota, conforme navega adentrando os oceanos, luas e mais luas se passam, chuvas e tempestades, velas sendo sopradas com o fôlego dos céus, impulsionam a pequena embarcação.  Milhas e milhas ele risca os mares com total destreza, o capitão confia em si, o capitão sabe de onde veio e para onde vai. Um dos marinheiros visualizam o temido estreito de Drake, o mar mais perigoso da f

O Quebra Gelo

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O Quebra Gelo Venho do oceano da vida, após mares bravios afundarem meu barco, consegui chegar a costa, olho pra trás e as enormes mavericks engolem o ar como uma mão se fechando e socando o oceano, estas ondas tem tamanhos gigantescos. Durante o acidente lembro-me de me agarrar ao navio enquanto o mesmo afundava, eu não queria soltar, não queria largar, mas o imponente oceano da vida o destruiu e afundou, logo eu que me achava um ótimo marujo, fui engolido junto no momento que ele submergiu e aquela força como um redemoinho me puxou para o fundo, pude contemplar diversos navios enferrujados e destruídos no fundo do oceano. Anos se passaram, e a vida continua a me convidar para navegar neste oceano, de marujo virei apenas alguém que coloca os pés nas águas gélidas. Algo me desafia a enfrentar o oceano novamente, mas percebo que ele está diferente, está completamente congelado, a navegação é impossível, causa medo, preocupação. Então conheci o Quebra-Gelo, um navio feito para quebrar a

Palavras ao vento

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Palavras ao vento Dizem que palavras o vento leva, creio que sim... Descobri há pouco mais de um ano o quanto gosto de escrever, passear pelas veredas da escrita, pelas vielas das palavras e pelos corredores das frases. Percorro com pressa cada letra tentando aproveitar os segundos que escorrem pelos meus dedos. Meu coração bate rápido, minha respiração fica ofegante, traço frases e versos como se fossem uma subida de montanha, escalo verbetes, adjetivos e substantivos, pinto sentimentos através de palavras. Procuro criar uma arte, como um pintor, mas meu pincel é um lápis. Procuro esculpir uma estátua e com minha talhadeira desbasto meu coração e os fragmentos que saem dele são letras, palavras. . Palavras o vento leva e eu espero que leve, para os corações sedentos de esperança, de vida, de alegria. Palavras o vento leva e eu espero que leve, para os olhos que perscrutam a superfície em busca de alento. Palavras o vento leva e eu espero que leve, as almas nobres e gentis que lerão es

Espada partida

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Espada partida Um guerreiro em uma batalha sangrenta, luta com todas as suas forças, no calor do combate, ao lutar com seu arqui-inimigo no choque de ambas as espadas, a espada do guerreiro se parte, se quebra, sobrando somente o cabo e um pedaço de lâmina. O guerreiro recebe um golpe quase mortal de seu inimigo que possuía o nome “EU”, enquanto sangrava o guerreiro fugia de “EU”. Se arrastando pela floresta da vida, se escondendo atrás da sequidão de troncos e cavernas. O guerreiro precisava chegar até a casa do ferreiro, somente este indivíduo poderia forjar outra espada, só uma espada era capaz de deter “EU”. A espada partida não estava com a liga certa, o nome da espada era “coração”. Da “coração” só sobrara uma pequena parte, mas o artífice pegou pequenos blocos de aço e o prensou sobre o pedaço de lâmina restante. Um processo trabalhoso, somente artífices hábeis poderiam fazê-lo. Então aquele bloco de aço com cabo foi colocado na forja à 1600 graus… a “coração” é aquecida, quase

Confluência...

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Confluência... O pintor do universo pintou a confluência dessas águas, ao olha-lás é inevitável o seu coração não se encher de alegria. É inevitável sua alma não sorrir... É inevitável não nos esquecermos de nossos problemas... A transitoriedade da vida não pode nos impedir de nos vislumbrar-mos com esta pintura. Quem foi Monet? Ele foi um artista que copiou as obras pintadas na natureza. Ah, ele teve um mestre, ele teve uma inspiração, sim ele teve! Veraz é a formusura da água que rola por sobre as rochas, tenaz é sua insistência em passar entre as fendas. Fendas das rochas, das pedras. Olho para os céus e oro a Deus para que as aguas do seu amor possam fender as rochas que existem em meu coração. Talvez tenha desaprendido a amar, mas sei que estas águas de forma amorosa irão erodir as paredes do meu coração. Autor: Anderson Ribeiro Sousa

Música pelas vielas...

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Música pelas vielas... As ondas sonoras viajam pelo ar até meus ouvidos, meu cérebro decodifica estas ondas e alimenta meu coração, este por sua vez bate rápido e suscita minha criatividade a movimentar meus dedos a passear sobre o papel com uma caneta, esboçando sentimentos e sensações através de frases! Caminho entre as vielas do meu ser fugindo do que fui e correndo adiante para o que serei, no hoje sou um guerreiro e amanhã um conquistador. Minha guerra é contra o tempo, contra a vontade de retroagir, o normal de qualquer ser humano. Mas eu alimento meus ouvidos uma vez mais e lá começa ele a bombear sangue para a minha alma. Preso como se fosse em cativeiro me mantenho para o bem de outros, de muitos que eu nem conheço. Como um lobo solitário vago pelas periferias de minha alma recolhendo o que deixei cair no caminho. Me levanto o continuo a trilhar e a reparar o que foi perdido. Estou saindo das vielas, meus dedos insistem em escrever... Vejo longas ruas de um futuro maravilhoso