Tempo - O devorador de mundos


Tempo - O devorador de mundos


A cada dia o buraco negro do tempo suga cada partícula de milésimo de segundo.

O tempo engole a nossa existência, mas não nos impede de vivê-la.

Temos o privilégio de existir, de estar aqui e agora escrevendo ou lendo. É uma dádiva, o presente é um presente.

Mas muitas das vezes esquecemos de viver, apenas sobrevivemos.

E para quê?
Para um final de semana?
Será que a minha vida só é importante de sexta a domingo?

De segunda a quinta eu apenas tolero a minha existência?

Anulo as boas experiências?

O que é uma experiência?
É tudo aquilo que você experiência totalmente consciente de sua existência.
Pode ser um café, ou um vinho, pode ser um sorriso de uma criança, ou o sol batendo na janela, pode ser a chuva caindo enquanto você adormece, pode ser um simples copo d'água.

Seja consciente de si mesmo em todo o tempo, não fique no automático, vá no banheiro e se olhe no espelho, arrume o cabelo, goste de si mesmo. Cuide de si.

Vá ao cinema, mesmo sozinho, ou apenas compre uma pipoca.

Abrace como se fosse a última vez...

Beije como se fosse o último beijo, percorra sem pressa os lábios de quem está recebendo o beijo. Meça a outra boca com a sua, cada centímetro, sinta a textura e o sabor.

Não tenha beijos insípidos.

Se vai falar, fale ao pé do ouvido.

Aproveite cada segundo, nunca sabemos quando vai ser o nosso último.

Não estou sendo trágico, mas consciente de mim para que o dia seja realmente vivido e não apenas passe.

Se arrume, vista o que faz você se sentir bem.

Fale para seus pais que os ama.

Fale para os seus filhos o quanto os ama.

Nossa vida é terminal, cada segundo, cada respirar, não sabemos realmente quando iremos partir.

Mas garanta que aproveitou bem até aqui.

Pois o aqui e agora é o que temos de real até que nosso mundo seja devorado pelo tempo e se acabe.

Autor: Anderson Ribeiro Sousa

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