Amar é andar na beira do abismo!

Amar é andar na beira do abismo!


Vejo várias fórmulas, as pessoas criam uma planilha mental do que esperar do parceiro, um checklist com pontuações, a tal reciprocidade, o amor parece ter virado uma ciência exata baseado em fórmulas, em cálculos ou ideologias disso e daquilo.O amor não consegue hoje IRROMPER as diferenças, as visões. As pessoas querem ter razão, querem ter platéia, querem ter um fã cego. 

Amar é andar na beira do abismo, do desconhecido, você se esforça em ter cuidado mais ainda é um risco, você anda na beirada mesmo no fundo tendo medo de cair, mas a visão lá de cima é maravilhosa, com o tempo o medo passa, com o tempo as almas se entrelaçam, me refiro a pessoas que se jogam, pessoas que não tem uma lista da tal reciprocidade, até porque o AMAR É UM ATO DE EXTREMA ENTREGA E CUIDADO DO OUTRO, não me refiro a colocar a outra pessoa em um pedestal, mas sim de cuidar um do outro, de abrir mão de coisas um pelo outro, mas obviamente não abrir mão de sonhos e se anular pelo outro. Um ajuda o outro, um torce pelo outro, não é uma competição, não é uma guerra dos sexos entre homem e mulher. Não existe o provar quem é melhor, mas sim o ser melhor cada dia mais por si e pelo outro.

Prefiro o carinho ou melhor estar sozinho, prefiro o cuidado ou melhor não ser amado, prefiro amar ou melhor nem tentar, prefiro rir ou melhor nem sentir.

Quero sentir novamente aquela sensação de que ao beijar o tempo para e nada mais importa, quero tocar o rosto da mulher que amo e as sinapses do meu cérebro serem bombardeadas por uma tempestade elétrica. Quero o turbilhão de sensações geradas em apenas um olhar, quero colocar em uma prancheta nossos sonhos e comemorar cada pequena realização.

Só arriscarei andar no abismo se eu vencer o medo, do contrário ficarei sozinho.

Creio que em algum momento o medo passa, porque encontraremos uma pessoa com medo nos estendendo a mão e você olha nos olhos dela e diz: É, pode ser ela! A mulher dos meus sonhos, imperfeita e humana mas com alguma coisa que ativa as tempestades elétricas com o som da sua voz, o toque de sua mão ou seu profundo e inebriante olhar. 

Autor: Anderson Ribeiro Sousa

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