Calmaria VS Gritaria


Calmaria VS Gritaria

A mesma brisa que toca meu rosto é feita do mesmo vento que agita meu peito.

Às vezes como um furacão e outras como um vento de fim de tarde ou início de noite.

A água que goteja da minha alma é feita da mesma água que desce o desfiladeiro e inunda os vales do meu ser.

A noite gélida de meus pensamentos esfriam o sol escaldante que aqueceu minha mente de dia.

O sono que me aflige não é suficiente para me fazer dormir o espírito e a alma, mas uma oração me acalma.

Uns me vêem como montanha, que a tudo resiste, mas poucos sabem que sou vulcão que quando explode destrói sua própria superfície que permite a floresta da vida florescer.

Atividade vulcânica, sismológica, tudo calmo, mas basta um pequeno tremor, tudo muda.

Instabilidade?
Não, nescessidade de mudança, crescimento.

O silêncio da noite é o oposto da gritaria do dia.

Meu espírito aventureiro busca calmaria.

Há muitas luas atrás meu DNA foi alterado.

Após meu peito rasgado com meus órgãos expostos, fui operado e reconstruído, o médico disse que recebi os olhos de uma criança, a mente de um ancião e o coração de um campeão!

Doutor J.C. como o chamavam, me deu uma nova oportunidade de viver.

Como uma criança olho a vida com esperança, como um ancião escolho meus caminhos com cautela e como um campeão não desisto nunca.

Talvez um dia a calmaria venha em forma de um outro coração que caminhe junto, assim me disse um primo.

Só sei que a gritaria que tenho não é de desespero, mas de alegria.

Ainda em tempo, o doutor se chama Jesus Cristo, o Justo!!!

Autor: Anderson Ribeiro Sousa

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